A empresa coreana LG estaria negociando sua divisão de montagem de smartphones para um grupo do Vietnã, segundo informações do jornal Korea Times divulgadas pela CNN Brasil.
Trata-se de uma movimentação de mercado por enquanto, ainda sem medidas concretas.
A unidade de celulares da fábrica de Taubaté estaria no pacote de negociações. A LG ainda tem plantas para a produção de smartphones no próprio Vietnã e na China.
De acordo com o jornal coreano, caso a negociação se concretize, a LG poderá ou não seguir desenvolvendo os produtos, que passariam a ser montados pelo VinGroup, conglomerado vietnamita que é o terceiro maior fabricante de celulares do seu país.
A companhia vietnamita pretende ampliar seus negócios no ramo de telefonia e aproveitaria a infraestrutura das fábricas da LG, ainda segundo o jornal.
No final de janeiro, o CEO da LG, Kwon Bong-seok, disse que está aberto a negociar as plantas da operação móvel da companhia.
Informações do Korea Times mostram que a LG acumula prejuízos com sua divisão de celulares há cerca de cinco anos.
“Não importa qual será o rumo do nosso setor de comunicações móveis, colaboradores não precisam se preocupar, pois seus postos de trabalho serão mantidos”, disse o CEO da LG em e-mail encaminhado a funcionários. “Chegamos a um ponto em que precisamos julgar objetivamente nosso futuro e competitividade no segmento mobile e decidir o que fazer a partir disso.”
Procurada pela CNN, a LG disse, em nota, que “o artigo sobre o fechamento da divisão de negócios de smartphones da LG é baseado em rumores antigos e infundados, e em especulações sem comprovações”.
Taubaté
Nesta semana, a notícia do fechamento da fábrica de celulares da LG em Taubaté voltou a circular em grupos de mensagens.
A reportagem procurou a empresa, que ainda não respondeu. Caso comente, a matéria será atualizada.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté informou que se trata, neste momento, apenas de uma movimentação de mercado, sem nada de concreto sobre o futuro da unidade de Taubaté.
Fonte de dentro da LG ouvida pela reportagem disse que seriam, a princípio, estudos por parte da matriz na Coreia, mas sem detalhes sobre os estudos.
O sindicato também informou que pediu uma reunião com o CEO da LG para ter informações oficiais sobre o negócio e eventuais reflexos nas operações em Taubaté. Até o momento, o pedido não foi atendido.
Mesmo que sem confirmação, a informação preocupa porque, em julho de 2019, a LG fechou a unidade de Linha Branca da fábrica de Taubaté, deixando de produzir eletrodomésticos como geladeiras e máquinas de lavar. Na época, a empresa empregava cerca de 1,5 mil pessoas na cidade.
Atualmente, a companhia tem cerca de 1.000 funcionários e produz celulares, monitores e notebooks em Taubaté.